Mi ponencia trata de contribuir a una fenomenología de la percepción, desde la discusión de las posturas sobre la percepción que aparecen en la reciente obra de Lester Embree sobre el método fenomenológico. Desde el convencimiento y asentimiento a la llamada de Lester Embree, de que debemos volver a las cosas mismas, por tanto, dejamos de la erudición para alumbrar fenomenología de las cosas, no podemos tampoco desentendemos de lo que dicen nuestros maestros, y pretendo, con ellos, ir a las cosas, para ver en qué medida la percepción como acceso al mundo es un “acto” en el que intervienen la experiencia directa sensible animal y la aportación lingüística que clasifica el mundo, sin por ello convertir la percepción en lenguaje. En el primer punto plantearé la importancia que el tema tiene en la fenomenología sobre todo por el planteamiento husserliana en las Ideas I. En el segundo veremos la postura de Lester Embree, para, en el tercero, exponer lo que yo creo que está implícito en la propuesta de Husserl, que explicita la percepción como el acceso ponente a la realidad, por tanto radicalmente vinculada a la creencia, de manera que, fenomenológicamente, percepción, creencia y realidad están vinculadas, siendo está vinculación el marco en el que sitúa el comienzo de la legitimidad racional.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 93 - 114
Abstract
Abstract
No último quartel do Séc. XX, instalou-se na Filosofia da Linguagem um vivo debate entre duas teorias acerca da referência, a teoria descritivista, formulada por Bertrand Russell e com raízes na filosofia de Frege, e, a desafiar esta, a teoria causal da referência, sob o impulso de Putnam e de Kripke. Há, por outro lado, importantes estudos do pensamento de Husserl, centrados sobretudo em Ideias I, que dão conta da possibilidade de uma sua leitura fregeana.
O intuito desta comunicação reside, primeiramente, em mostrar que, não obstante essas leituras, os aspectos semânticos mais originais na fenomenologia de Husserl e, além disso, também mais interessantes para o debate sobre o problema da referência, se encontram logo na Primeira das Investigações Lógicas. Com efeito, nesse texto, cremos ser possível mostrar que a teoria da expressão de Husserl não se ajusta nem à teoria descritivista nem à teoria causal da referência.
As razões do desajustamento, segundo tese que propomos, prendem-se com o facto de ambas as teorias da referência, descritivista e causal, disputarem entre si o problema da frxação da referência das expressões como se esse fosse o problema de saber o que faz com que as expressões refiram.
Mostrar que não é assim com Husserl, conduz-nos a um terceiro problema, na obra póstuma Experiência e Juízo, sobre a constituição dos referentes, enquanto objectos de uma relação directa ao individual, ou seja, enquanto objectos de experiência. Quererá isto dizer, concluindo, que o problema da referência, antes de respeitar às expressões referenciais, respeita à própria experiência e que tal problema deverá, por isso, resolver-se na constituição passiva e ante-predicativa da experiência.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 115 - 142
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In this paper, I start with the opposition between the husserlian project of a phenomenology of the experience of time, started in 1905, and the mathematical and physical theory of time, as it comes out from the special theory of relativity, by Einstein, in the same year. Although the contrast between the two approaches is apparent, my aim is to show that the original program of Husserl’s time theory is the constitution of an objective time and a time of the world, starting from the intuitive giveness of time, i.e., from time as it appears. To show this, I stress the structural similarity between the original question of time, by Husserl, and the problem of a phenomenology of the space constitution, as it was first developed in the husserlian manuscripts of the XIX century, in which we find the threefold question of the origin of our space representation, of the geometrization of intuitive space and the constitution of transcendent world space. Finally, I reconsider some of Husserl’s main theses about the phenomenological constitution of objective time in the light of the main results of special relativity time-theory, introducing several corrections to central assumptions that underlie Husserl’s theory of time.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 143 - 156
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O presente ensaio procura compreender a concepção husserliana da história a partir de conceitos tais como Urstiftung, Wiedererinnerung e Nachstiftung. Tentar-se-á, não só perceber as razões subjacentes à concepção teleológica da história, presente no livro da Crise (e nos textos que Ihe andam associados) e na Conferência de Viena de 1935, bem como o tipo de concepção do tempo histórico que é correlativa dela, mas também, sobretudo, detectar a possibilidade - a partir dos textos mesmos de Husserl - de uma outra concepção, mais apta a exprimir a novidade e a contingência.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 157 - 169
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La presente intervención va constar de dos partes. En la primera, trataré de desentrañar aquello que al decir de Husserl es lo propio y definitorio de la cultura Europea, es decir, aquello que caracterizaría su identidad y la diferenciaría de las demás culturas: el descubrimiento de la universalidad en sentido estricto. O dicho de otro modo, para Husserl, aquello que es peculiar de la cultura occidental es su pretensión de conducir la vida de los humanos según una idea de racionalidad universal. Esta nueva manera de mirar el mundo, que se articula y desarrolla por primera vez en un discurso coherente en Grecia de la mano de la filosofia, será para el padre de la fenomenología un acontecimiento epocal que no sólo singulariza a la cultura Europea frente a cualquier otra, sino que la convertirá en el telas de la humanidad, en el fin al que todas las culturas deben tender si en algún momento pretende alcanzarse una convivencia harmónica entre los humanos. En este sentido, el viejo de maestro de Prostnitz sostendrá, en expresa contraposición al padre de la historia moderna, el gran Otto von Ranke, que no todas las épocas históricas ni todas las culturas son iguales ante Dios, es decir, que la tesis relativista tan en boga hoy en día según la cual todas las tradiciones o formas de vida son equiparables y no pueden ser evaluadas más que dentro de propios y peculiares parámetros es incorrecta y contraria, frente a lo que se pudiera pensar, al ideal de tolerancia.
En la segunda parte de la ponencia, y tomando como base un conocido texto de Derrida, se abordará una acusación que frecuentemente se le hace a la fenomenología Husserliana a la luz de la tesis precedente: la de ser un pensamiento eurocéntrico. Contra semejante aseveración, se intentará mostrar que el supuesto imperialismo eurocéntrico husserliano no es· otra cosa que una defensa de la razón común. Y ello, frente a los intentos de imponer la particularidad de cualquier cultura, sobre todo la europea fáctica, como norma universal.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 171 - 193
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En este trabajo caracterizamos la filosofia de M. Merleau-Ponty como una fenomenología de la expresión ontológica, por considerar que reflexiona sobre algunos impensados de Husserl y los prolonga en una nueva ontología contribuyendo así, una vez más, a superar los dualismos heredados, en este caso, el que se produce entre fenomenología y ontología. Aunque haremos un recorrido por toda la obra merleau-pontiana, para pensar el sentir nos centraremos en la última, en la que el cuerpo vivido, pieza clave de la rehabilitación ontológica de lo sensible, interacciona entre lo visible y lo invisible y la percepción se redefine como proceso que ocurre entre mi carne y la carne del mundo.
Así veremos cómo Merleau-Ponty desarrolla la génesis y la síntesis pasiva explicitando el problema de· la estética transcendental, implícita en Husserl. Ésta se inicia con la reflexividad corporal y culmina en la reversibilidad siempre inminente de la carne. La ·fenomenología describe la experiencia originaria de ese sentir desde dentro de su propia evidencia.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 209 - 220
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A presente comunicação procura pensar a ideia de hermenêutica como filosofia prática, a partir das semelhanças que Gadamer estabelece entre a racionalidade hermenêutica e a fronesis aristotélica. A ideia chave é esta: o núcleo fundamental da razão hermenêutica é a unidade de compreensão, interpretação e aplicação; a aplicação é o cerne da racionalidade hermenêutica, que sempre foi susci.tada por casos de tensão entre situações singulares. de vida e textos ou leis com sentido universal, que melhor permitem entendê-las. Neste sentido, a tarefa hermenêutica é semelhante à da ética aristotélica: medir uma situação concreta à luz das exigências éticas mais gerais. Tal é de facto a condição da praxis ética e política do ser humano, aquela que hoje é absolutamente necessário pensar face à inflação contemporânea de uma praxis guiada por mecanismos automáticos de índole técnica. Quer isto dizer que é necessário hoje clarificar absolutamente o que distingue a praxis conduzida pela technê da praxis ética e política como condição da liberdade humana. Segundo Gadamer, esta tem uma natureza hermenêutica que urge clarificar, pois, ela parte sempre de regras, tradições, leis que são recriadas em acto na situação hermenêutica da sua aplicação.
Aplicação hermenêutica e froairesis têm uma estrutura semelhante que é necessário perceber pois também a praxis técnica é uma forma de aplicação, embora de natureza bem diferente.
P. Ricoeur sabe também que a praxis concreta do ser humano nada tem de semelhante à praxis técnica, a produção e que pensá-la exige a mediação de uma simbólica e de uma mítica concreta.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 241 - 253
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A comunicação situa-se na continuação do estudo apresentado ao II Congresso Internacional da AFFEN, intitulado A vida e o humano em Heidegger: a ontologia heideggeriana na aurora de uma biopolítica, e pretende considerar as consequência, na filosofia de Heidegger na transição entre os anos 20 e 30, do seu afastamento em relação ao conceito de vida. Ver-se-á como é este afastamento, determinado pela meditação em tomo do pensamento de Ernst Jünger e pela confrontação com o biologismo nacional-socialista, que conduz àquilo a que se poderia chamar uma transformação interior da abordagem heideggeriana da essência do humano, e da sua determinação como ser-no-mundo. Uma tal transformação acontece em três passos fundamentais: 1. urna “radicalização filosófica” - para usar os terinos de Jean Grondin - do conceito de finitude (1929); 2. um enraizamento da não-verdade na essência da verdade (1930); 3. a transformação do conceito de mundo em pólo da unidade constituída pela relação agónica entre terra e mundo (1935). Através desta transformação, Heidegger confronta-se com a meditação jüngeriana acerca da “mobilização total” do mundo, surgindo assim a sua história do ser como a representação de um processo no qual o ser abandona o ente, a terra é destruída e o mundo é despojado de terra. Numa tal história, marcada, numa perspectiva geral, por aquilo a que Heidegger chama a “fuga dos deuses”, dir-se-ia que tudo no ente fica exposto e que o mundo - sendo aquilo que, no aparecer do ente, não aparece e se encobre enquanto condição do próprio aparecimento - chega ao fim. Heidegger apresenta então o fim do mundo, através do seu pensar de uma história do ser, para o recusar e resistir contra ele. O salto da “história do ser” para um “outro início” da história, aquilo a que Heribert Boeder chama o “pensar apocalíptico” constitutivo da meditação modema heideggeriana, traduz assim um recuo de Heidegger diante do fim do mundo.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 255 - 277
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Aron Gurwitsch es el primero que hace en Francia, como fenomenólogo, una exposición profunda y sistemática de la fenomenología husserliana. Desde el comienzo él centra su investigación en una fenomenología de la percepción. Los aspectos en los que más focaliza su atención le conducen, ya desde el inicio de su labor investigadora, a sentir una profunda sintonía con el trabajo del netiropsiquiatra Kart Goldstein. Él también el primero que hace en Francia una divulgación del trabajo de este neuropsiquiatra desde la filosofía. De modo que en la obra de Gurwitsch hay dos líneas de investigación que se juntan y que están en él desde el principio: su contacto con el Husserl de Friburgo y su profunda compenetración con él, y su trabajo en Frankfurt con Goldstein y con el psicólogo de la Gestalt que colabora con él: Adhémar Gelb. En esta ponencia intento buscar alguna respuesta a la cuestión de qué ve Gurwitsch en el análisis que hace Goldstein de sus pacientes con lesiones. cerebrales para considerar él que este análisis goldsteniano es extremadamente coincidente con el propio análisis fenomenológico de la percepción de Husserl.
Published Online: 22 Oct 2021 Page range: 295 - 306
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Esta ponencia ofrece el esbozo de una posible “ontología fenomenológica de la persona”. El punto de partida es la aceptación del reto existencialista que exige contar con el carácter procesual o dinámico de la vida humana. Pero lo que se defiende, frente al existencialismo heideggeriano, es que la importancia del hacerse, de la existencia no debe llevar a negar la esencia. Para poder hablar de una esencia humana que se hace en parte a sí misma, se utiliza la “teoría de la sustantividad” propuesta por el filósofo español Xavier Zubiri, que, a su vez, se interpreta como una “teoría de todos y partes” del tipo de la desarrollada por el fundador de la fenomenología, Edmund Husserl.
Mi ponencia trata de contribuir a una fenomenología de la percepción, desde la discusión de las posturas sobre la percepción que aparecen en la reciente obra de Lester Embree sobre el método fenomenológico. Desde el convencimiento y asentimiento a la llamada de Lester Embree, de que debemos volver a las cosas mismas, por tanto, dejamos de la erudición para alumbrar fenomenología de las cosas, no podemos tampoco desentendemos de lo que dicen nuestros maestros, y pretendo, con ellos, ir a las cosas, para ver en qué medida la percepción como acceso al mundo es un “acto” en el que intervienen la experiencia directa sensible animal y la aportación lingüística que clasifica el mundo, sin por ello convertir la percepción en lenguaje. En el primer punto plantearé la importancia que el tema tiene en la fenomenología sobre todo por el planteamiento husserliana en las Ideas I. En el segundo veremos la postura de Lester Embree, para, en el tercero, exponer lo que yo creo que está implícito en la propuesta de Husserl, que explicita la percepción como el acceso ponente a la realidad, por tanto radicalmente vinculada a la creencia, de manera que, fenomenológicamente, percepción, creencia y realidad están vinculadas, siendo está vinculación el marco en el que sitúa el comienzo de la legitimidad racional.
No último quartel do Séc. XX, instalou-se na Filosofia da Linguagem um vivo debate entre duas teorias acerca da referência, a teoria descritivista, formulada por Bertrand Russell e com raízes na filosofia de Frege, e, a desafiar esta, a teoria causal da referência, sob o impulso de Putnam e de Kripke. Há, por outro lado, importantes estudos do pensamento de Husserl, centrados sobretudo em Ideias I, que dão conta da possibilidade de uma sua leitura fregeana.
O intuito desta comunicação reside, primeiramente, em mostrar que, não obstante essas leituras, os aspectos semânticos mais originais na fenomenologia de Husserl e, além disso, também mais interessantes para o debate sobre o problema da referência, se encontram logo na Primeira das Investigações Lógicas. Com efeito, nesse texto, cremos ser possível mostrar que a teoria da expressão de Husserl não se ajusta nem à teoria descritivista nem à teoria causal da referência.
As razões do desajustamento, segundo tese que propomos, prendem-se com o facto de ambas as teorias da referência, descritivista e causal, disputarem entre si o problema da frxação da referência das expressões como se esse fosse o problema de saber o que faz com que as expressões refiram.
Mostrar que não é assim com Husserl, conduz-nos a um terceiro problema, na obra póstuma Experiência e Juízo, sobre a constituição dos referentes, enquanto objectos de uma relação directa ao individual, ou seja, enquanto objectos de experiência. Quererá isto dizer, concluindo, que o problema da referência, antes de respeitar às expressões referenciais, respeita à própria experiência e que tal problema deverá, por isso, resolver-se na constituição passiva e ante-predicativa da experiência.
In this paper, I start with the opposition between the husserlian project of a phenomenology of the experience of time, started in 1905, and the mathematical and physical theory of time, as it comes out from the special theory of relativity, by Einstein, in the same year. Although the contrast between the two approaches is apparent, my aim is to show that the original program of Husserl’s time theory is the constitution of an objective time and a time of the world, starting from the intuitive giveness of time, i.e., from time as it appears. To show this, I stress the structural similarity between the original question of time, by Husserl, and the problem of a phenomenology of the space constitution, as it was first developed in the husserlian manuscripts of the XIX century, in which we find the threefold question of the origin of our space representation, of the geometrization of intuitive space and the constitution of transcendent world space. Finally, I reconsider some of Husserl’s main theses about the phenomenological constitution of objective time in the light of the main results of special relativity time-theory, introducing several corrections to central assumptions that underlie Husserl’s theory of time.
O presente ensaio procura compreender a concepção husserliana da história a partir de conceitos tais como Urstiftung, Wiedererinnerung e Nachstiftung. Tentar-se-á, não só perceber as razões subjacentes à concepção teleológica da história, presente no livro da Crise (e nos textos que Ihe andam associados) e na Conferência de Viena de 1935, bem como o tipo de concepção do tempo histórico que é correlativa dela, mas também, sobretudo, detectar a possibilidade - a partir dos textos mesmos de Husserl - de uma outra concepção, mais apta a exprimir a novidade e a contingência.
La presente intervención va constar de dos partes. En la primera, trataré de desentrañar aquello que al decir de Husserl es lo propio y definitorio de la cultura Europea, es decir, aquello que caracterizaría su identidad y la diferenciaría de las demás culturas: el descubrimiento de la universalidad en sentido estricto. O dicho de otro modo, para Husserl, aquello que es peculiar de la cultura occidental es su pretensión de conducir la vida de los humanos según una idea de racionalidad universal. Esta nueva manera de mirar el mundo, que se articula y desarrolla por primera vez en un discurso coherente en Grecia de la mano de la filosofia, será para el padre de la fenomenología un acontecimiento epocal que no sólo singulariza a la cultura Europea frente a cualquier otra, sino que la convertirá en el telas de la humanidad, en el fin al que todas las culturas deben tender si en algún momento pretende alcanzarse una convivencia harmónica entre los humanos. En este sentido, el viejo de maestro de Prostnitz sostendrá, en expresa contraposición al padre de la historia moderna, el gran Otto von Ranke, que no todas las épocas históricas ni todas las culturas son iguales ante Dios, es decir, que la tesis relativista tan en boga hoy en día según la cual todas las tradiciones o formas de vida son equiparables y no pueden ser evaluadas más que dentro de propios y peculiares parámetros es incorrecta y contraria, frente a lo que se pudiera pensar, al ideal de tolerancia.
En la segunda parte de la ponencia, y tomando como base un conocido texto de Derrida, se abordará una acusación que frecuentemente se le hace a la fenomenología Husserliana a la luz de la tesis precedente: la de ser un pensamiento eurocéntrico. Contra semejante aseveración, se intentará mostrar que el supuesto imperialismo eurocéntrico husserliano no es· otra cosa que una defensa de la razón común. Y ello, frente a los intentos de imponer la particularidad de cualquier cultura, sobre todo la europea fáctica, como norma universal.
En este trabajo caracterizamos la filosofia de M. Merleau-Ponty como una fenomenología de la expresión ontológica, por considerar que reflexiona sobre algunos impensados de Husserl y los prolonga en una nueva ontología contribuyendo así, una vez más, a superar los dualismos heredados, en este caso, el que se produce entre fenomenología y ontología. Aunque haremos un recorrido por toda la obra merleau-pontiana, para pensar el sentir nos centraremos en la última, en la que el cuerpo vivido, pieza clave de la rehabilitación ontológica de lo sensible, interacciona entre lo visible y lo invisible y la percepción se redefine como proceso que ocurre entre mi carne y la carne del mundo.
Así veremos cómo Merleau-Ponty desarrolla la génesis y la síntesis pasiva explicitando el problema de· la estética transcendental, implícita en Husserl. Ésta se inicia con la reflexividad corporal y culmina en la reversibilidad siempre inminente de la carne. La ·fenomenología describe la experiencia originaria de ese sentir desde dentro de su propia evidencia.
A presente comunicação procura pensar a ideia de hermenêutica como filosofia prática, a partir das semelhanças que Gadamer estabelece entre a racionalidade hermenêutica e a fronesis aristotélica. A ideia chave é esta: o núcleo fundamental da razão hermenêutica é a unidade de compreensão, interpretação e aplicação; a aplicação é o cerne da racionalidade hermenêutica, que sempre foi susci.tada por casos de tensão entre situações singulares. de vida e textos ou leis com sentido universal, que melhor permitem entendê-las. Neste sentido, a tarefa hermenêutica é semelhante à da ética aristotélica: medir uma situação concreta à luz das exigências éticas mais gerais. Tal é de facto a condição da praxis ética e política do ser humano, aquela que hoje é absolutamente necessário pensar face à inflação contemporânea de uma praxis guiada por mecanismos automáticos de índole técnica. Quer isto dizer que é necessário hoje clarificar absolutamente o que distingue a praxis conduzida pela technê da praxis ética e política como condição da liberdade humana. Segundo Gadamer, esta tem uma natureza hermenêutica que urge clarificar, pois, ela parte sempre de regras, tradições, leis que são recriadas em acto na situação hermenêutica da sua aplicação.
Aplicação hermenêutica e froairesis têm uma estrutura semelhante que é necessário perceber pois também a praxis técnica é uma forma de aplicação, embora de natureza bem diferente.
P. Ricoeur sabe também que a praxis concreta do ser humano nada tem de semelhante à praxis técnica, a produção e que pensá-la exige a mediação de uma simbólica e de uma mítica concreta.
A comunicação situa-se na continuação do estudo apresentado ao II Congresso Internacional da AFFEN, intitulado A vida e o humano em Heidegger: a ontologia heideggeriana na aurora de uma biopolítica, e pretende considerar as consequência, na filosofia de Heidegger na transição entre os anos 20 e 30, do seu afastamento em relação ao conceito de vida. Ver-se-á como é este afastamento, determinado pela meditação em tomo do pensamento de Ernst Jünger e pela confrontação com o biologismo nacional-socialista, que conduz àquilo a que se poderia chamar uma transformação interior da abordagem heideggeriana da essência do humano, e da sua determinação como ser-no-mundo. Uma tal transformação acontece em três passos fundamentais: 1. urna “radicalização filosófica” - para usar os terinos de Jean Grondin - do conceito de finitude (1929); 2. um enraizamento da não-verdade na essência da verdade (1930); 3. a transformação do conceito de mundo em pólo da unidade constituída pela relação agónica entre terra e mundo (1935). Através desta transformação, Heidegger confronta-se com a meditação jüngeriana acerca da “mobilização total” do mundo, surgindo assim a sua história do ser como a representação de um processo no qual o ser abandona o ente, a terra é destruída e o mundo é despojado de terra. Numa tal história, marcada, numa perspectiva geral, por aquilo a que Heidegger chama a “fuga dos deuses”, dir-se-ia que tudo no ente fica exposto e que o mundo - sendo aquilo que, no aparecer do ente, não aparece e se encobre enquanto condição do próprio aparecimento - chega ao fim. Heidegger apresenta então o fim do mundo, através do seu pensar de uma história do ser, para o recusar e resistir contra ele. O salto da “história do ser” para um “outro início” da história, aquilo a que Heribert Boeder chama o “pensar apocalíptico” constitutivo da meditação modema heideggeriana, traduz assim um recuo de Heidegger diante do fim do mundo.
Aron Gurwitsch es el primero que hace en Francia, como fenomenólogo, una exposición profunda y sistemática de la fenomenología husserliana. Desde el comienzo él centra su investigación en una fenomenología de la percepción. Los aspectos en los que más focaliza su atención le conducen, ya desde el inicio de su labor investigadora, a sentir una profunda sintonía con el trabajo del netiropsiquiatra Kart Goldstein. Él también el primero que hace en Francia una divulgación del trabajo de este neuropsiquiatra desde la filosofía. De modo que en la obra de Gurwitsch hay dos líneas de investigación que se juntan y que están en él desde el principio: su contacto con el Husserl de Friburgo y su profunda compenetración con él, y su trabajo en Frankfurt con Goldstein y con el psicólogo de la Gestalt que colabora con él: Adhémar Gelb. En esta ponencia intento buscar alguna respuesta a la cuestión de qué ve Gurwitsch en el análisis que hace Goldstein de sus pacientes con lesiones. cerebrales para considerar él que este análisis goldsteniano es extremadamente coincidente con el propio análisis fenomenológico de la percepción de Husserl.
Esta ponencia ofrece el esbozo de una posible “ontología fenomenológica de la persona”. El punto de partida es la aceptación del reto existencialista que exige contar con el carácter procesual o dinámico de la vida humana. Pero lo que se defiende, frente al existencialismo heideggeriano, es que la importancia del hacerse, de la existencia no debe llevar a negar la esencia. Para poder hablar de una esencia humana que se hace en parte a sí misma, se utiliza la “teoría de la sustantividad” propuesta por el filósofo español Xavier Zubiri, que, a su vez, se interpreta como una “teoría de todos y partes” del tipo de la desarrollada por el fundador de la fenomenología, Edmund Husserl.